Procedimento que visa devolver a autoestima e confiança das pacientes pode ser feito de diferentes maneiras. Entenda!
A cirurgia de reconstrução da mama é um dos procedimentos mais importantes para recuperação da autoestima, bem-estar e saúde física e mental das mulheres que passaram pela mastectomia.
Isso porque, os seios são parte importante da estética feminina e, quando afetados por um trauma – seja ele causado pelo câncer de mama ou por um acidente – podem resultar em diversos problemas psicológicos e emocionais.
No entanto, ainda que essa cirurgia seja a melhor alternativa para pacientes nas condições mencionadas, há quem não saiba seus reais benefícios, tampouco quais as técnicas aplicadas para chegar a um resultado estético satisfatório.
Pensando nisso, reunimos no conteúdo de hoje todas as informações importantes sobre a reconstrução mamária, bem como as recomendações pós-operatórias e métodos usados no procedimento. Confira!
A cirurgia de reconstrução da mama
Com objetivo de refazer total ou parcialmente a mama com sequelas, a cirurgia de reconstrução mamária é, em cerca de 90% dos casos, necessária quando há mastectomia decorrente do câncer de mama.
Trata-se de um dos procedimentos reconstrutores com mais benefícios para as mulheres, tendo em vista que a doença é a segunda neoplasia maligna mais comum entre as pessoas do sexo feminino no Brasil.
Quando ela é indicada?
Grande parte das mulheres que passam pela mastectomia tem indicação para realizar uma reconstrução mamária, bem como pacientes que sofreram algum tipo de trauma, decorrente de acidentes de carro, moto ou similares.
Pacientes com má formação congênita, queimaduras, infecções e outras doenças que prejudiquem tanto a estética, quanto a funcionalidade dos seios também podem exigir um procedimento para reconstrução dos seios.
Algumas pacientes optam por realizar essa cirurgia logo após a mastectomia, com a reconstrução imediata feita ainda na mesa de cirurgia por um profissional qualificado e especializado na técnica.
Já outras, preferem aguardar um pouco mais, optando pela reconstrução tardia, que igualmente tem grande sucesso e bons resultados no que diz respeito à estética e aceitação do corpo.
Quais as técnicas usadas para reconstrução da mama?
Conforme explicamos no tópico anterior, a cirurgia de reconstrução de mamas pode acontecer em dois momentos: na sequência da mastectomia, ainda na mesa de cirurgia ou em um procedimento posterior.
Independente de qual seja a escolha, é preciso ter em mente que a técnica escolhida vai variar de acordo com as necessidades e particularidades de cada paciente.
Isso porque, o método aplicado vai depender das condições locais de pele e músculo, condições da área doadora, forma e volume da mama, bem como peso, biotipo da paciente, expectativas e outros fatores.
Todas essas informações são analisadas previamente pelo médico responsável, que ficará encarregado de identificar a melhor alternativa para atingir os resultados desejados.
Expansores teciduais
Nesta técnica, um expansor é inserido sob a pele com a finalidade de expandir o tecido para “abrir espaço” para inserção posterior da prótese de silicone. Com o uso do soro fisiológico, o expansor é inflado periodicamente, visando gradualmente atingir o resultado desejado.
Existem tanto expansores definitivos, quanto expansores temporários, removidos após a colocação da prótese em uma segunda cirurgia.
Prótese de silicone
A prótese de silicone definitiva é colocada quando, na cirurgia de mastectomia, não é removida uma grande quantidade de pele, sendo possível realizar a reconstrução sem a necessidade de expansores ou qualquer outro procedimento.
Essa cirurgia pode ser realizada tanto na sequência da retirada da mama, quanto posteriormente, quando a paciente sentir-se mais confortável para realizar a operação.
Transferência de retalhos da pele
A transferência de retalhos da pele acontece quando uma parte da pele e do tecido gorduroso são removidos de outras áreas do corpo para doar àquela que mais necessita para a reconstrução, que no caso são os seios.
Dentre as técnicas mais utilizadas, destacam-se a retirada de retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (da parte inferior do abdômen) e a retirada de retalho do músculo grande dorsal, (do músculo das costas, geralmente do mesmo lado da mama em questão).
Vale lembrar que a escolha das regiões, bem com a técnica utilizada, deve ser avaliada pelo cirurgião plástico, visando a melhor recuperação e resultados para a paciente.
Como é o pós-operatório da cirurgia de reconstrução de mama?
A cirurgia de reconstrução mamária tem um pós-operatório bem semelhante ao de outros procedimentos do mesmo porte.
As recomendações para as pacientes são as mesmas da mamoplastia, sendo elas:
- Repouso parcial nos primeiros 15 dias, com limitações de movimentos na região operada;
- Atividades físicas e exposição solar deve ser suspensa por 30 dias;
- O uso do sutiã cirúrgico deve ser feito nos dois primeiros meses para garantir uma boa cicatrização;
- Exercícios localizados devem ser realizados apenas após liberação médica.