O câncer de mama afeta milhões de mulheres anualmente ao redor do mundo e o Brasil não passa ileso no número de pacientes acometidas pela doença cujo tratamento envolve sessões de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, a mastectomia.
Essa cirurgia, popularmente conhecida como a técnica de retirada das mamas, afeta diretamente a autoestima das pacientes, que muitas das vezes já estão fragilizadas emocionalmente pela batalha travada.
Não à toa, a cirurgia de reconstrução de mamas se apresenta como uma alternativa para minimizar esses impactos e proporcionar mais qualidade de vida e recuperar o bem-estar e autocuidado.
A cirurgia de reconstrução de mamas
Considerada uma parte importante no tratamento contra o câncer de mama, a reconstrução mamária é uma técnica – como o próprio nome sugere – voltada para recuperação parcial ou total da mama com sequelas.
Essas sequelas são, em geral, decorrentes da retirada parcial do tecido mamário, resultando na desproporcionalidade entre os seios.
A reconstrução acontece, na maior parte das vezes, em conjunto com a cirurgia oncológica, de forma imediata para que a paciente não sofra com as sequelas deixadas pelo tratamento.
No entanto, caso não seja possível realizar a reconstrução e o implante de prótese no mesmo dia, realiza-se a cirurgia plástica posteriormente, o que é denominado de reconstrução tardia.
O processo, ainda que feito depois do tratamento, costuma ter excelentes respostas do corpo, com resultados satisfatórios para a paciente.
Como a técnica é realizada?
Feita sempre em centro cirúrgico, a técnica da cirurgia de reconstrução mamária requer anestesia geral ou local com sedação, o que vai depender das condições da paciente e do momento em que é aplicada.
Atualmente, existem diversas técnicas disponíveis para que a cirurgia seja feita, que também são definidas de acordo com as necessidades, condições físicas, formato, tamanho das mamas e localização da retirada de tecido.
Na primeira cirurgia, caso não tenha espaço suficiente para inserção da prótese de silicone definitiva, expansores teciduais são colocados com a finalidade de abrir espaço.
Esses expansores são nada mais do que próteses vazias expandidas gradualmente com soro fisiológico, retirados após atingir seu objetivo para que as próteses definitivas ocupem seus lugares.
Já nos casos em que a paciente não tem pele suficiente para comportar a próteses, utiliza-se retalho miocutâneo ou retalho microcirúrgico – usados de acordo com a necessidade – para correção de defeitos e melhores resultados.
O tempo médio de duração da cirurgia varia de acordo com os procedimentos realizados, levando aproximadamente 30 minutos para reconstrução da aréola e 3 horas para reconstrução de mamas com o uso de retalho do músculo do abdômen.
Para quem esse tipo de procedimento é indicado?
A reconstrução de mamas é uma técnica recomendada para pacientes que passaram pela mastectomia e retirada parcial ou total dos tecidos mamários.
No entanto, existem outras condições que podem ser solucionadas com a técnica, como por exemplo a má formação congênita, infecções, queimaduras, traumas, dentre outras situações que interfiram no volume e pele da região.
Quais são os benefícios para a autoestima e saúde da mulher?
A fase de retirada das mamas é, sem dúvidas, uma das etapas mais assustadoras do tratamento contra o câncer para as mulheres.
Isso porque, os seios estão intimamente ligados à autoestima, bem-estar, feminilidade e sexualidade, ao passo que, quando são retirados, diversos aspectos da vida são afetados.
A cirurgia, neste ponto, se mostra como uma alternativa para reduzir os danos, minimizar esses impactos e proporcionar uma maior qualidade de vida para a paciente.
Visando devolver o tamanho e formato dos seios, a reconstrução mamária permite que a mulher recupere sua autoestima, não a limitando em diversos sentidos, o que acontece em boa parte dos casos que não é possível fazer a cirurgia de imediato.
Poder utilizar as mesmas roupas, sem se preocupar com uma possível falta dos seios, ter a liberdade e a autoconfiança com parceiros sexuais igualmente se apresenta como um dos maiores benefícios da técnica.
Como é o pós-operatório da reconstrução das mamas?
Em geral, o pós-operatório da cirurgia de reconstrução costuma ser semelhante ao de uma mamoplastia de aumento ou técnica semelhante.
É recomendado o uso de sutiã cirúrgico por um período que pode se estender até 3 meses, com a recomendação de interrupção das atividades de grande impacto e exposição solar durante os primeiros 30 dias.
Deve-se também ter cautela com o levantar dos braços e movimentos que exijam grande esforço físico na região.
Dor e desconfortos são comuns nos primeiros dias, mas facilmente administrados com o uso dos medicamentos e analgésicos receitados previamente pelo cirurgião responsável.
Para mais informações sobre a reconstrução de mamas, entre em contato com a nossa equipe e agende sua consulta. Ficaremos felizes em ajudar!