O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo.
Os dados são de uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgada em dezembro de 2019. De acordo com o levantamento, em 2018, foram registradas mais de 1 milhão 498 mil cirurgias plásticas estéticas em nosso país, além de mais de 969 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos.
Entre as intervenções mais procuradas, o aumento mamário com prótese de silicone, indicado para tratar mamas pequenas, flácidas e pouco projetadas, aparece em primeiro lugar. Os implantes variam em formato e em tamanho: existem aqueles chamados “redondos” (que projetam mais o colo) e aqueles ditos “anatômicos” (com aspecto mais natural). A escolha é sempre individualizada, baseada no desejo e na estrutura corporal da paciente. A cirurgia de prótese de silicone leva cerca de duas horas, em média, e não necessita internação hospitalar, de modo que a paciente recebe alta para casa no mesmo dia da operação.
A lipoaspiração está na segunda colocação. A técnica remove acúmulos de gordura localizada em áreas como abdome, cintura, costas, coxas e braços. Como resultado, temos a modelagem do contorno corporal, com a melhor definição das regiões trabalhadas. O material é aspirado com o auxílio de cânulas ligadas a um aparelho a vácuo, e pode ser utilizado para projetar outras partes do corpo, como glúteos e mamas, por exemplo. Esse recurso é chamado de lipoescultura. A lipoaspiração não deve ser realizada em pacientes obesos e nem com intuito de emagrecimento. Além disso, há limites de segurança deste procedimento, que devem ser respeitados (aspiração de até 7% do peso corporal), de acordo com orientações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Em seguida, o ranking elenca, em termos de frequência, as cirurgias de abdominoplastia, plástica das pálpebras (blefaroplastia), suspensão das mamas (mastopexia), redução mamária, plástica do nariz (rinoplastia) e cirurgia do rejuvenescimento da face (lifting facial).
A abdominoplastia trata o excesso de pele e a flacidez do abdome, sendo mais realizada após gestações ou perda de peso excessiva. A blefaroplastia remove a pele e as bolsas de gordura das pálpebras, suavizando a sensação de “olhar cansado” e trazendo um aspecto mais jovial. A mastopexia corrige flacidez e queda mamária, podendo ou não ser associada com a colocação de prótese de silicone. O crescimento exagerado das mamas, muitas vezes, causa dores nas costas, dificuldade de escolher as roupas e constrangimento, condição que pode ser tratada pela cirurgia de redução mamária. A rinoplastia é a intervenção para corrigir deformidades do nariz como giba dorsal, base larga, ponta caída ou arredondada, restaurando a beleza e a harmonia dessas estruturas. O lifting facial corrige as alterações decorrentes do tempo, removendo excessos de pele e reposicionando os tecidos do rosto e do pescoço, com objetivo de promover o rejuvenescimento dos contornos da face.
Os procedimentos estéticos não cirúrgicos surgem como alternativa ou como complemento das cirurgias. Atuam suavizando os sinais de envelhecimento da face e as marcas de expressão. Destaque para a toxina botulínica, os preenchedores de ácido hialurônico e os bioestimuladores de colágeno, que são aplicados em consultório para corrigir rugas, valorizar o contorno do rosto e reduzir a aparência dos sulcos, além de aumentar o volume dos lábios e de outras áreas da face. Importante Com foco na qualidade de vida e na autoestima, brasileiros colocam o país no topo do ranking das cirurgias plásticas estéticas ressaltar que tanto as cirurgias plásticas quanto os procedimentos estéticos minimamente invasivos devem ser realizados por médicos especialistas, devidamente habilitados, experientes, e com registro ativo nos conselhos de classe e nas sociedades de especialidade.
Fonte: Revista Revide, edição 1000