Entenda a relação entre a cirurgia plástica pós-bariátrica e a autoestima
O corpo tem uma representação de extrema importância na mente humana. É através dele que acontecem as relações, a cognição e o fator emocional. O corpo é um comunicador de nossas emoções e um tradutor de nossos pensamentos e vontades.
O movimento corporal fala, expressa e revela os mais íntimos desejos. É através dele – e com ele – que descobrimos o mundo e as sensações. Contudo, nosso corpo, muitas vezes, revela algo que não queremos mostrar, ou ainda é diferente e não corresponde às nossas expectativas (MELLO FILHO, 1992).
A autoestima se refere à avaliação que o sujeito faz de si mesmo (em termos de gostar de si ou sentir-se satisfeito consigo), enquanto que o autoconceito é uma idéia de autodescrição mais ampla, que inclui aspectos comportamentais, cognitivos e afetivos referentes a si mesmo (TEIXEIRA; GIACOMANI, 2002).
A cirurgia plástica pós-bariátrica coloca-se como um instrumento de transformação do corpo e também da sua representação mental. O paciente deve estar positivamente motivado a ser submetido à cirurgia plástica; entretanto tal inclinação deve expressar sentimentos internos, ou seja, a vontade própria de melhorar sua autoestima. A cirurgia acaba solucionando e trazendo alívio para um psiquismo inconformado.
Podemos concluir que um ambiente emocional favorável para que todo o processo de recuperação da cirurgia plástica pós-bariátrica seja facilitado, onde o nível de insatisfação com o corpo e suas deformidades deve guardar uma relação consciente e positiva frente às expectativas e possibilidades terapêuticas.
Faz-se necessário que o cirurgião plástico tenha uma abordagem multidisciplinar e habilidades para lidar com os pacientes, com a autoestima dele e, consequentemente, seus diversos tratamentos.