Segundo país em número de cirurgia bariátrica, o Brasil realiza cerca de 65 mil operações desse tipo por ano, sendo 11 mil através do SUS (Sistema Único de Saúde)
Indicada para reversão de casos de obesidade grau 3, a bariátrica é conhecida como “redução do estômago”, isso porque a operação altera a anatomia do órgão, reduzindo sua capacidade de receber alimentos, retirando parte dele (método sleeve ou manga) ou reduzindo seu tamanho com cortes, ou grampos, e alterações no intestino para reconectá-lo ao estômago (método bypass).
Eliminando cerca de 10% do peso, logo no primeiro mês, a bariátrica é um procedimento seguro, cuja taxa de mortalidade é baixa. Porém, os cuidados recomendados pelo médico para cirurgia pós-bariátrica devem ser seguidos à risca, para evitar futuras complicações.
A grande perda de peso, acarreta em excesso de pele, em diferentes partes do corpo, como: abdômen, braços, pernas, seios e nádegas; deixando o corpo com uma aparência flácida, sem silhueta definida.
Todo esse excesso de pele traz desconforto, e é responsável pela baixa autoestima na cirurgia pós-bariátrica, podendo levar o paciente a desenvolver quadros mais graves, como depressão.
Entenderemos, a seguir, como funciona a cirurgia plástica pós-bariátrica e os motivos para fazê-la.
Cirurgia plástica pós-bariátrica: o que é e por que fazer?
Desde 2019, conforme determinado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), os planos de saúde são obrigados a cobrir a cirurgia plástica reparadora, para a retirada do excesso de pele daqueles que se submeteram a cirurgia bariátrica, já que a operação não possui finalidade estética, mas sim funcional, afinal a obesidade mórbida é reconhecida como doença grave.
A cirurgia é realizada através da remoção da gordura, com a exposição e saturação do músculo, na intenção de deixá-lo mais firme e, assim, dar contorno a região.
Na região do abdômen, a cirurgia também atua eliminando a diástase, condição em que os músculos do local se separam. Para que isto não ocorra, a pele é esticada e o excesso removido.
As complicações da cirurgia pós-bariátrica são mínimas, desde que os devidos cuidados sejam tomados. Por isso é indicado que as cirurgias em diferentes regiões do corpo, sejam feitas com intervalo de 3 meses entre uma e outra.
Sendo que a realização depende de o paciente ter atingido IMC abaixo de 30, algumas situações podem ser feitas mesmo ainda não tendo atingido este valor, desde que aja fortes razões.
De modo geral, a cirurgia plástica poderá ser feita quando o objetivo da perda de peso, estipulado pelo médico, tiver sido atingido ou diante da estabilização do peso.
Vejamos a seguir os tipos de cirurgias pós-bariátrica:
Abdominoplastia
Consiste na retirada do excesso de pele do abdômen, a operação também é conhecida como dermolipectomia abdominal. A barriga de avental, como é chamada, causada pela flacidez do tecido, pode provocar infecções de fungos.
Na cirurgia, a pele é repuxada e o excesso removido. O procedimento pode ser realizado em conjunto com a lipoaspiração ou a junção dos músculos abdominais, reduzindo, assim, o volume da barriga e afinando a cintura.
Mamoplastia
Na mamoplastia, o excesso de pele é retirado, deixando os seios mais firmes, podendo ser reposicionados pelo cirurgião. Diante do desejo, o paciente pode optar por colocar a prótese de silicone.
Cirurgia de contorno corporal
Também conhecido como body lifting, a cirurgia corrige a flacidez em diversas partes do corpo, como tronco, abdômen e pernas, delineando e dando uma aparência mais tonificada. Em conjunto a lipoaspiração, remove a gordura localizada, afinando a cintura.
Lifting dos braços ou coxas
No lifting de coxas ou braços, a pele em excesso é removida, para então ser esticada e reposicionada, remodelando a região. A cirurgia também é chamada dermolipectomia dos braços ou coxas.
Lifting facial
A flacidez e gordura sobre os olhos, as bochechas e o pescoço é removida. Além de suavizar rugas e rejuvenescer o rosto. O procedimento melhora a autoestima e o bem-estar do paciente.
Cuidados necessários com a cirurgia pós-bariátrica
Tomada a decisão pelo procedimento, tire todas as dúvidas com o médico-cirurgião, antes de tudo. É importante saber como é realizada a operação, quais os cuidados a serem tomados antes e depois, bem como potenciais complicações.
Os cuidados pré-operatórios são os mesmos de qualquer cirurgia plástica, como:
- Avaliação médica;
- Exames laboratoriais;
- Parar de fumar;
- E encerrar a ingestão de medicamentos não prescritos.
Já os cuidados pós-operatório tem o objetivo de evitar:
- Hemorragias;
- Edemas;
- Infecções;
- Necroses.
Assim que receber alta, fique atento ao corpo. Diante de sensação de falta de ar, dor no peito ou batimentos cardíacos estranhos, procure o médico. Caso seja necessário, ocorrerá a internação e tratamento adicional.
Siga todas as orientações médicas. Cuide para que as incisões cirúrgicas não sejam submetidas a nenhum tipo de força excessiva, escoriação ou movimento durante a cicatrização.
O repouso pode durar cerca de 1 mês, e o paciente não deve se esforçar ou levantar peso. Sendo liberado, em sequência, para atividades leves, como: caminhadas, dirigir, trabalhar e exercícios físicos com supervisão.
Nos primeiros meses fica vedada a exposição ao sol, para evitar manchas e o escurecimento das cicatrizes. Após o período, o uso de protetor solar fator 50 FPS é indicado, até as marcas clarearem, por volta do 6º mês.
Curativos e bandagens devem ser colocados sobre a região, envoltos em bandagem elástica ou compressão, de modo a minimizar o inchaço e sustentar os novos contornos. A depender do caso, um dreno pode ser temporariamente alocado, para drenar o excesso de sangue e fluídos acumulados.
Instruções sobre como cuidar da ferida e do dreno, quando houver, bem como o uso de medicamento via oral e demais cuidados específicos com o local e a saúde do paciente, são fornecidos pelo médico-cirurgião após a operação e durante o acompanhamento pós-operatório.
Os resultados da cirurgia pós-bariátrica podem levar de 1 a 2 anos, ou até mais, para serem completamente perceptíveis. E sua manutenção depende da boa forma e peso estável, tipo de pele e hereditariedade. Sendo natural, com o envelhecimento, a perda de firmeza da pele.
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