RECONSTRUÇÃO DE MAMA

procedimento para reconstrução de mamas
A cirurgia plástica de Reconstrução de Mama tem o objetivo de refazer parcial ou totalmente uma ou ambas as mamas com sequelas.

para quem é indicada a reconstrução de mama?

A imensa maioria das nossas cirurgias de Reconstrução de Mama – em torno de 90% – é decorrente de sequela de mastectomia parcial (quadrantectomias, setorecomias, nodulectomias) ou total pós-câncer de mama. As outras causas estão associadas a sequelas após cirurgia de mama por doença benigna, má formação congênita, queimadura, infecção, trauma, entre outras.

reconstrução de mama após câncer

O câncer de mama é, hoje, o tipo mais frequente na mulher, o que explica a alta incidência de mulheres necessitando de Reconstrução de Mama. Este número aumentou mais ainda com o diagnóstico mais precoce, pacientes mais jovens tratadas, expectativa de vida maior das pacientes com mais idade e, principalmente, uma chance maior de cura.

A cirurgia faz parte do tratamento do câncer de mama e toda mulher que se submete a ela tem o direito à reconstrução de suas mamas. A reconstrução aumenta a qualidade de vida da paciente.

quando deve ser feita a reconstrução?

Sempre que possível indicamos a reconstrução imediata, ou seja, a paciente é submetida ao tratamento cirúrgico oncológico e já sai com pelo menos uma fase da reconstrução. O mastologista realiza a parte cirúrgica oncológica e o cirurgião plástico realiza a reconstrução. Quando não for possível a reconstrução da mama de forma imediata, a reconstrução tardia também tem grande sucesso.

como é feita a cirurgia reconstrutora da mama?

A técnica empregada para Reconstrução de Mama vai depender das condições locais de pele e músculos (área que vai receber o expansor ou retalhos), condições das áreas doadoras (costas, abdome, locais que cederão retalhos), biótipo e peso, forma e volume da mama oposta, forma do tórax,
tratamento complementar do câncer (radioterapia) e das expectativas da paciente. Estes dados serão analisados pelo cirurgião a partir de sua própria experiência.

pós operatório da cirurgia

Obedecidos estes fatores, consegue-se obter bons resultados, e devolve-se assim à paciente melhores condições de saúde, bem estar e integração social e profissional.

O pós-operatório é normalmente tranquilo e os fatores limitantes variam de acordo com o porte da cirurgia como. Nos casos das próteses e expansores, geralmente 1 dia de internação e restrição mínima. No caso do retalho abdominal, uma grande cirurgia, com 3 dias de internação em média, e uma grande restrição de esforço físico, e boa recuperação em torno de 30 dias.

Os riscos são inerentes às condições de cada paciente, e aumentam proporcionalmente de acordo com o porte da cirurgia de Reconstrução de Mama.

Algumas destas cirurgias são feitas em um só tempo e, em outras, dois ou três tempos podem ser necessários para que o resultado planejado seja o melhor possível.

Em boas condições, a reconstrução mamária imediata permite a continuidade do tratamento (quimioterapia e radioterapia) sem prejuízo à paciente.

Técnicas de Reconstrução de Mama

A reconstrução de mama pode ser feita imediatamente após a mastectomia em um único momento cirúrgico. Além de evitar a experiência de lidar com a ausência da(s) mama(s), passa por apenas um período de recuperação. Nas situações em que a paciente não tem condições clínicas – ou quando prefere analisar com calma após a recuperação – a opção é reconstrução tardia.

Existem diferentes técnicas de cirurgia para a Reconstrução de Mama. A escolha vai depender da forma, tamanho e localização da retirada do tecido. As principais são com implante de prótese de silicone, uso de expansor cutâneo e transferência de retalhos de pele.

Expansores teciduais: 

insere prótese vazia sob a pele para expandir o tecido, gradualmente, por meio da aplicação de soro fisiológico até atingir o tamanho desejado. Uma segunda cirurgia é realizada para remover o expansor e colocar o implante definitivo. Se indicada, pode-se optar por expansores definitivos que permitem a reconstrução em uma única etapa.

Retalho miocutâneo do músculo grande dorsal: 

utiliza o músculo das costas do mesmo lado da mama que precisa ser reconstruída. Indicado para casos em que não há pele suficiente na região da mama para a reconstrução ou há algum impeditivo para uso de retalho de outra região.

Retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM):

utiliza pele, gordura e músculos da parte inferior abdominal. O procedimento cria uma espécie de túnel, levando o tecido até a mama, mas permanecendo preso à área de onde foi retirado, para manter a vascularização. Indicado para pacientes que tenham tecido adiposo sobressalente.

Retalho microcirúrgico: 

transpõe tecidos inguinais para correção de defeitos em partes moles da parede torácica utilizando a microcirurgia vascular.

Retalho perfurante da artéria epigástrica (DIEAP flap): 

retira parte do tecido adiposo da barriga para inserir na região a ser reconstruída. Necessita de uma microcirurgia para ligar os pequenos vasos. Não utiliza tecido muscular. Esta técnica apresenta uma possibilidade maior de escultura e ganho volumétrico na mama reconstruída, além de evolução pós-operatória muito positiva.

Como é a Reconstrução de Mama

Sinopse

Procedimento: Reconstrução de Mama.

Indicação: Pacientes com sequelas na mama pós câncer de mama, pós-queimadura, pós-infecção, pós-trauma ou anormalidades congênitas.

Anestesia: Local, local com sedação, peridural com sedação ou geral.

Duração: Varia amplamente com os procedimentos, como 30 minutos para reconstrução de aréola e 3 horas para reconstrução com retalho do músculo reto do abdome.

Tempo de internação: Varia com a cirurgia.

Importante: Desejo da paciente em reconstruir a mama.

Cirurgias Plásticas relacionadas:
Mamilo Invertido
Mastoplastia de Aumento
Redução de Aréola
Redução de Mamilo

Cirurgia Reconstrutora relacionada:
Expansão Tecidual

Perguntas Frequentes

Sim. A radioterapia tende a tornar a pele local mais dura e pouco elástica. Isto pode interferir em certos tipos de reconstrução. Entretanto, temos várias técnicas de Reconstrução de Mama que podem contornar o problema.

Nas cirurgias que se utilizam retalhos, a anestesia geral é utilizada. Em outros procedimentos menores pode-se utilizar anestesia local e sedação.

Raramente a cirurgia de reconstrução mamária traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório. Os riscos são inerentes a uma cirurgia de grande porte, mas são contornáveis na maioria dos casos. Estes incluem problemas de hematomas, infecções, sofrimento da pele do retalho (perda de parte do retalho), problemas tromboembólicos, entre outros. Felizmente são raros no dia a dia deste tipo de cirurgia.

Não. A dor pós-operatória é compatível com outras cirurgias plásticas de mesmo porte e cede com os analgésicos prescritos.

A cicatriz é planejada para ficar coberta pelo sutiã. Ela, infalivelmente, passará por vários períodos de evolução, como se segue:

  • Período imediato – Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
  •  
  • Período mediato – Vai do 30º dia até o 6º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
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  • Período tardio – Vai do 6º ao 12º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do reconstrução mamária deverá ser feita após este período.

Sim. A tatuagem tem sido um método bastante utilizado nos dias atuais para se realizar a reconstrução da aréola, atingindo-se boa simetria em relação ao formato e tonalidade da aréola da mama oposta.

Não. Em geral, são necessárias três etapas para que a reconstrução mamária seja completada. Inicialmente é realizada a cirurgia da reconstrução da mama propriamente dita. Numa segunda cirurgia é realizada a simetrização da mama oposta e realizados retoques na mama reconstruída, caso sejam necessários. Numa última etapa é realizada a reconstrução do mamilo e aréola.

Não. Por melhor que seja o resultado atingido numa reconstrução mamária, haverá diferenças em relação à mama natural. Essas diferenças se mostram presentes nas alterações de sensibilidade, consistência e volume das mamas que são reconstruídas.

A escolha do tipo de reconstrução da mama se dá em decisão conjunta entre o cirurgião plástico e a paciente. As características físicas de cada paciente são analisadas, assim como a opinião de cada uma é levada em conta para que haja a escolha da técnica de reconstrução a ser utilizada.

A escolha pela reconstrução mamária imediata ou tardia depende basicamente da vontade da paciente. A reconstrução imediata traz melhora da autoestima da mulher, encorajando-a mais para o tratamento subsequente à cirurgia. Porém, a reconstrução mamária tardia pode ser realizada sem prejuízo no que diz respeito ao resultado final da reconstrução.

Cirurgia de Reconstrução de Mama
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